Pets

Volta à rotina pós-pandemia exige cuidados

Para minimizar a distância do tutor, é importante criar momentos de isolamento, propor atividades lúdicas e adestrar o animal

Reprodução -

As máscaras estão caindo por todos os lados, quase que literalmente. A desobrigatoriedade do uso do equipamento indica uma retomada cada vez mais presente em nossa sociedade após a passagem do último período crítico da pandemia. Mas essa volta à rotina normal não afeta apenas os humanos. É preciso pensar nos pets. O retorno deve ser feita de forma responsável para diminuir aos poucos o hipervínculo tutor/animal, fortalecido nos momentos de maior isolamento, ainda durante o modelo de home office.

Entre as formas graduais de proporcionar esta mudança de cenário ao animal está trancar-se no quarto, por exemplo, para ler um livro. Tomar banho sem deixar o cachorro ou o gato entrar no banheiro também colabora. É preciso criar essas situações de isolamento para o pet entender que o tutor não está por perto. Outra recomendação é vestir-se com certa frequência como se fosse sair para que o seu bichinho de estimação perceba que essa rotina vai começar a ser retomada.

“Uma das técnicas que a gente tem preconizado para as pessoas é que elas comecem a desenvolver alguns enriquecimentos mais sensoriais e menos sociais. Os sociais envolvem a relação intensa, brincadeiras e interação com o animal. Já as sensoriais são quando o tutor oferece enriquecimentos olfativos, alimentares, mas deixa o animal interagir sozinho e permanece distante”, afirma a médica-veterinária Cristiane Schilbach Pizzutto.

De acordo com a profissional, outra opção para quando só há um animal na casa é levá-lo, algumas vezes por semana a hotéis ou serviços de daycare, lugares onde possa se socializar com outros animais e até minimizar o estresse da ausência do tutor com o retorno da rotina normal.

Volta à rotina pode ser positiva
Cristiane destaca que os gatos muito ligados ao tutor também intensificaram esse relacionamento durante a quarentena. Por isso é preciso também se isolar do animal por alguns períodos. “E o gato mais individualista, que gosta da tranquilidade, de repente, com todo mundo em casa o tempo todo, pode ter ficado estressado e, nesse caso, a volta à rotina pode acalmá-lo. Tudo depende bastante do animal.”

Atividades lúdicas
A zootecnista Paola Rueda, especialista em Bem-estar Animal, concorda que as atividades lúdicas auxiliam a minimizar o impacto no pet, até porque ausência de pessoas e falta do que fazer são a combinação perfeita para a ansiedade de separação se manifestar.

“Uma ideia é dar ao seu cão um brinquedo recheado com algo realmente saboroso, pode até ser congelado para que ele leve mais tempo para comer. O ideal é retirar esses brinquedos especiais assim que voltar para casa, para que seu cão só tenha acesso a eles quando estiver sozinho. Este método funciona bem para casos leves”, ressalta a especialista.

Adestrar é fundamental
O adestramento também pode ser uma boa saída para auxiliar na retomada da rotina. O zootecnista Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal, lembra que adestrar é fundamental. Ensinar o comando “fica” possibilita que o tutor treine essas pequenas separações no dia a dia dentro de casa mesmo
Um bom exercício é pedir para o cão esperar no sofá da sala, enquanto vai pegar um copo de água. “O treino também melhora muito a comunicação e as pessoas percebem, inclusive, que estavam reforçando comportamentos errados, como entrar na casa quando o cão começa a latir”, conclui Rossi.

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